O Eflúvio telógeno é um dos tipos de queda de cabelo mais frequentes. Na maioria dos casos ele é fisiológico, o cabelo cai durante um período e depois recupera-se espontaneamente. Ocorre, comumente, após o parto, após um período febril, após algumas cirurgias ou mesmo quando estamos passando por momentos de intenso estresse emocional. Geralmente, a queda se inicia de 1 a 3 meses após o evento desencadeante. Seu diagnóstico é clínico, através da história do paciente e do exame físico, além da tricoscopia.
Será que sua queda de cabelo está maior do que o normal?
Primeiramente, é preciso avaliar se está mesmo ocorrendo uma queda maior do cabelo. Perdemos fios diariamente, cerca de 100 a 150 fios, e isso é normal. Devemos ficar atentos quando essa queda passa a ser maior do que estávamos acostumados, quando há diminuição do volume do rabo de cavalo ou uma rarefação capilar na região temporal (as “entradas”).
E aí, tem tratamento?
Tratando-se, de fato, de um caso de Eflúvio telógeno, é importante saber que é um quadro auto-limitado, ou seja, tem uma duração pré-determinada de 2 a 4 meses, não necessitando de tratamento específico. Mas, o Eflúvio telógeno pode estar associado à outra causa de queda de cabelo, que pode sim ser tratada, ou pode ser desencadeado por alguma doença que deve ser investigada. É sempre importante pesquisar as seguintes doenças: anemias, deficiências de vitaminas e disfunções da tireóide. Além dessas doenças, uma investigação mais detalhada pode ser necessária a depender da história e sintomas do paciente.
E as vitaminas?
Em alguns casos, a suplementação de vitaminas pode ajudar, mas isso deve ser avaliado individualmente. As vitaminas não tem o poder de encurtar o tempo do eflúvio, elas funcionam como um suporte para o crescimento dos novos cabelos.
A avaliação do tipo de queda e o tratamento devem ser feitos por um dermatologista.
