O melasma é uma hiperpigmentação da pele, decorrente da deposição aumentada de melanina, proteína que garante a coloração da pele e evita os danos da radiação ultravioleta no DNA. Em geral, está presente na região do rosto, especialmente nas bochechas, testa, nariz e lábio superior. Mas, pode também estar presente no corpo.
Afeta principalmente mulheres, em fase reprodutiva, entre 20 e 50 anos, particularmente aquelas com tipos de pele mais escuros, e pode ser uma preocupação cosmética significativa. Apesar de menos comum, os homens também podem ser afetados.
O surgimento do melasma, muitas vezes, exerce um impacto negativo sobre a autoestima e a qualidade de vida das pessoas, podendo afetar até os relacionamentos sociais e afetivos.
É comum que alteração na aparência da pele, em muitas pessoas, interfira no desempenho profissional, influenciando no isolamento dessas pessoas.
Assim, no texto de hoje, abordaremos os tipos de melasma, principais sintomas, causas, diagnóstico e opções de tratamento para o melasma.
Tipos de melasma
- Epidérmico: ocorre quando o excesso de melanina concentra-se na epiderme, camada protetora e superficial da pele, em contato direto com o ambiente exterior.
- Dérmico: acontece quando a mancha de melanina atinge a derme, camada intermediária da pele, localizada entre a epiderme e a hipoderme, composta por diversos tecidos com diferentes funções. Por exemplo, vasos sanguíneos, glândulas sebáceas e sudoríparas, terminações nervosas.
- Misto: ocorre quando o depósito de melanina afeta tanto a derme quanto a epiderme
Principais sintomas
O melasma pode ser caracterizado pela presença de manchas escuras, irregulares e simétricas na face, principalmente na região da testa, bochechas, nariz e lábio superior.
As manchas são tipicamente mais escuras do que a pele circundante e podem variar em tamanho e forma.
Eles não causam nenhum outro sintoma físico, como coceira ou dor, mas podem ser uma preocupação cosmética significativa para quem os tem.
Principais causas
A causa exata do melasma é desconhecida, mas vários fatores são conhecidos por contribuir para o seu desenvolvimento. Uma das principais causas é a exposição à luz solar, que pode desencadear a produção de excesso de melanina na pele.
Alterações hormonais, como as que ocorrem durante a gravidez ou durante o uso de anticoncepcionais hormonais, também podem contribuir para o desenvolvimento do melasma.
Certos medicamentos, como anti-epiléticos ou outros medicamentos utilizados para tratamento de doenças neurológicas, também podem causar melasma como efeito colateral.
Como é diagnosticado?
O melasma é tipicamente diagnosticado por um dermatologista por um exame visual da pele afetada. O dermatologista examinará o tamanho, a forma e a cor das manchas e poderá usar um dispositivo especial chamado lâmpada de Wood para examinar a pele mais de perto.
Em alguns casos, uma biópsia de pele pode ser necessária para descartar outras condições que podem causar sintomas semelhantes.
Principais tratamentos
O melasma é uma doença crônica, não tem uma cura específica, mas com o tratamento adequado conseguimos obter um bom controle. O melhor tratamento varia segundo o tipo, o local do corpo afetado e a profundidade da mancha, portanto é importante conversar com o dermatologista para decidir qual o tratamento ideal. Conheça as principais opções:
Proteção solar
Um dos passos mais importantes no tratamento do melasma é proteger a pele dos danos causados pelo sol. Isso pode ser feito usando um protetor solar de amplo espectro com FPS de pelo menos 30 e evitando a luz solar direta, especialmente nos horários de alta incidência da luz solar. É importante ressaltar que não é suficiente proteger apenas a pele do rosto. O sol que tomamos em áreas sem manchas também faz com que o melasma piore. Além disso, para quem tem melasma o protetor ideal é com cor, pois faz uma barreira física de proteção, protegendo também contra a luz visível.
Medicamentos tópicos
Vários medicamentos tópicos estão disponíveis para reduzir o aparecimento de melasma, incluindo hidroquinona, tretinoína e corticosteroides. Fazem parte do tratamento também produtos com thiamidol, ácido tranexâmico e niacinamida, por exemplo.
Esses medicamentos funcionam reduzindo a produção de melanina na pele e devem ser indicados por um médico, que avalia o quadro clínico do paciente, orientando-o a utilizar o tratamento medicamentoso adequado às suas necessidades. Alguns tipos de produtos devem ser usados por curtos períodos, pois podem ter complicações associadas, como despigmentação em “confete” ou efeito rebote, por isso é de extrema importância a orientação médica.
Tratamentos estéticos
Os tratamentos estéticos são técnicas que promovem a remoção da camada superficial da pele e conferem resultados mais rápidos ao quadro do paciente. Alguns dos tratamentos estéticos que podem ser indicados pelo dermatologista, são:
Peeling químico: procedimento realizado com o uso de ácidos, com concentrações mais fortes que os usados em cremes, para promover descamação da camada da pele. Pode ser leve ou mais intenso, dependendo da profundidade da mancha.
Microagulhamento: procedimento que perfura a pele com microagulhas para estimular a produção de colágeno e circulação de sangue na pele, o que pode servir para diminuir algumas manchas na pele, além de reduzir as rugas e flacidez do rosto. Costuma associar-se à essa técnica substâncias clareadoras para otimizar os resultados.
Tratamento a laser: o laser é uma opção para tratamento das manchas que destrói o pigmento de melanina, indicado em casos de melasma profundo ou que não melhorou com tratamentos mais brandos. São realizadas sessões mensais e a quantidade também varia conforme a gravidade e a profundidade da mancha. Vale ressaltar que apenas são recomendados para melasma, lasers que não promovem um aquecimento intenso da pele.